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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Dias de lutas futuro de Vitorias

Esboço: 70
Texto: l Samuel 16:6,7 Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido.7  Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração.
Tema: Dias de lutas, fututo de vitórias.
Introdução:
Muito embora que nossas vidas estejam em plena dificuldade, não devemos perder a esperança de que Cristo é a nossa vitória, e não importa o quanto estamos sofrendo o futuro nos abrirá os braços cheios de bençãos e vitorias em Cristo Jesus.
l-Davi tinha qualidades. l Sm 16;18,19.   Então, respondeu um dos moços e disse: Conheço um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras e de boa aparência; e o SENHOR é com ele. 19  Saul enviou mensageiros a Jessé, dizendo: Envia-me Davi, teu filho, o que está com as ovelhas.
2-Davi estava no campo. ll Sm 17:14,15. 17:20. As ovelhas ficavam com um guarda. Davi era homem de confiança.
3-A inveja de Saul. 18:7á16.
4-Davi amnda matar os coxos.  ll Sm 5:8.   Davi, naquele dia, mandou dizer: Todo o que está disposto a ferir os jebuseus suba pelo canal subterrâneo e fira os cegos e os coxos, a quem a alma de Davi aborrece. (Por isso, se diz: Nem cego nem coxo entrará na casa.)
5-Davi retrocede, lembra da aliança com Jonatas. ll Sm 9:77  Então, lhe disse Davi: Não temas, porque usarei de bondade para contigo, por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai, e tu comerás pão na mesa do Rei, sempre à minha mesa.
6-Quando Deus quer nos abençoar até nossos inimigos profetizam nossa vitória. l Sm  19:19. l Sm 10;10 lª vez.
CONCLUSÃO.
Não adianta pelejar contra crente fiel, pois a sua força esta no Senhor dos Exercitos, e ainda que dias de lutas venham um futuro de vitória o está esperando. Sl 46:9,10.   Ele põe termo à guerra até aos confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo.
10  Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.
Pb. Jucelino, 14/07/2011

A obstinaçao de jonas

Tema: A misericórdia de Deus e a obstinação de Jonas.
Autor: Como diz a tradição rabínica foi o próprio Jonas, apesar de o livro ter sido escrito na terceira pessoa ameaçando a credibilidade do autor tem sido de unanimidade a sua autoria  cujo o nome significa “Pomba”. Filho de Amitai, conforme a tradição oral seria filha da viúva de serepta, da Aldeia de Gate-Heter da tribo de Zebulom a 3 Km a Nordeste de Nazaré. Seu ministério teria ocorrido no reinado de Jeroboão II
Contexto Histórico:
A. Data  aproximadamente 765 aC.
No reinado de Jeroboão II, 793 a 753 em conformidade com 2Reis 14:25. O livro de Jonas foi escrito após seu  retorno e procurou por meio dele ministrar a Israel.
B. Historicidade do livro.
A historicidade tem sido desafiada pelos críticos modernos quanto a aceitação da  infabilidade  Bíblica.
Há dois pontos de vista básicos na historia de Jonas, o “ alegórico” e o “literal” ou histórico. O primeiro afirma que a historia seria um mito ou uma figura fictícia para transmitir grande verdade espiritual. A segunda apresenta como historia verídica.
Defendemos sua veracidade porque:
a. È apresentada como verdadeira, referindo-se a povo e lugares antigos específicos,e não dá indicações de ser fictícia.
b. Jonas é identificado como “filho de Amitai” em 2Reis 14.25 e Jonas 1.1
c. A tradição judaica, sem exceção, testifica a histrocidade literal de Jonas e sua experiência.
d. Cristo testificou a histrocidade de Jonas, mencionando ambos os milagres como acontecimentos verdadeiros (Mt 12.40-42; 16.4; Lc 11.29-32). Ele associa a histrocidade de Jonas com a histrocidade de Salomão.
e. o livro afirma que o grande peixe, que deu a Jonas um bom alojamento no mar, foi preparado pelo Senhor. Esse peixe pode ou não ter sido uma baleia comum. A história secular contamos em menor escala, embora o registro bíblico não dependa de tais afirmações.
C. Situação em Nínive.
1. Geograficamente, Nínive estava localizada a leste do setentrional do rio Tigre aproximadamente 960 Km de Israel uma viagem de três meses nos tempos antigos. Uma das cidades mais antigas do mundo, estabelecida por Nirode (Gn 10.11). Com uma população de 600,000 mil habitantes aproximadamente cuja capital era Calá, seu Rei provavelmente teria sido  Assurdam III(773-753).
2. Moralmente, os habitantes de Ninive eram conhecidos como uma “raça sensual e cruel”. Vivian de saques e orgulhavam-se dos montes de cabeças humanas que traziam de violentas pilhagens de outras cidades. Fortificaram-se com um muro interno e outro externo. O muro externo tinha 96 quilômetros de extensão, 30 metros de altura e uma largura suficiente para três carroças conduzidas lado a lado. A intervalos por todo o muro havia 50 torres de 60 metros de altura para o serviço de vigilância realizado pelas sentinelas.
D.Situação em Israel, política e religiosa.
1. A assíria  era uma ameaça para Israel desde o tempo de Onri (880 a.C). Israel se tornara pagador de tributos nos últimos 50 anos até Jeroboão II. Jeroboão deixa de pagar tributos em aproximadamente 790 e estendeu o reino do norte ao seu maior limite desde Salomão ,alcançando assim uma das maiores prosperidade do tempo antigo.
2. Religiosidade. Israel estava afastado de Deus, apesar de ter alcançado seu período áurio  a nação estava moralmente degradada, destruída espiritualmente em seu egoísmo, não vendo a grande misericórdia de Deus.
Conclusão

Sempre que o egoísmo e a negligência toma conta de nossas vidas vamos ver que atitudes de covardia e desleixo para com o eterno vão acontecer, a síntese desta historia tem um alcance tremendo, pois é fácil deixar milhares morrerem, mas não queremos que nosso pé de rameira morra, é mais importante para mim o Eu, o objeto sempre tem mais importância, Jonas revela que enquanto há vida há esperança e as misericórdias do eterno duram para sempre.  
Autor:Pb.jucelino


































                     POSTILHA ANTIGO TESTAMENTO
             A COSMOGONIA  E COSMOLOGIA  DA TERRA
COMPREEDENDO A DEFICIENCIIA NESTA AREA TENTAMOS ATRAVES DESTE TRABALHO AJUDAR NA MEDIDA DO POSSIVEL LEVAR AO LEITOR UM CONHECIMENTO SIMPRIFICADO E ABRANGENTE DA COSMOGONIA E COSMOLOGIA DA TERRA.

O Antigo testamento tem sido alvo de especulações através do tempo, visto que é de grande admiração o fato do relato da Gênese da terra está em equilíbrio com a Ciência e suas leis, causando a cada dia mais admiração. Tentamos no intuito de esclarecer e facilitar o conhecimento dos enigmas que tanto assombrou a humanidade, e o povo evangélico, que em busca do conhecimento tem sido bombardeado por argumentos que sabemos não se sustentam.  Hoje a Gênese  já é vista de forma diferente e coerente, pois a cada hora que se passa tanto a arqueologia como as ciências dito, ciências como a astronomia, a geografia, filosofia e diversas áreas afins tem encontrado evidencias de que a Bíblia tinha razão, quando relata a criação do Universo e seus Cosmos, hoje a Criação da Gênese na forma como está escrito encontra-se milimetricamente de acordo com a ciência e suas Leis. Argumento teleológico ou inteligente, há um arquiteto por trás de tudo isso!. O sábio filosofo e cientista Isaac Newton compara o mundo a um mecanismo que evidência um projeto inteligente e sobre natural.
   Criador quando elaborou este gigantesco Universo o fez de forma que a humanidade pudesse conhecer e usufruir de tudo quanto a terra e o universo tem, portanto vamos conhecer algumas teorias e leis que irão nos ajudar na elucidação e compreensão deste magnífico livro que é a Bíblia Sagrada, e especificamente o antigo Testamento  a começar com o Pentateuco ou os cinco livros de Moisés. A origem do universo sua cosmogonia (Kosmogonia,kosmos-universo,gonia-nascimento do Cosmo) e  cosmologia (Kosmologia,cosmologia estudo do universo) sempre evidenciaram um grande arquiteto que estabeleceu sua grande obra de forma tão perfeita que é impossível admirarmos esta obra e aceitar que foi o acaso que fez tudo isso, portanto acreditamos piamente que o todo Poderoso não somente criou, como arquitetou com minúcias tão perfeitamente organizadas, que causa-nos calafrios, a vista disso é a inclinação da terra para com o sol.
 
Figura 1.13 - Translação da Terra, com a indicação das quatro estações do ano.
Como já afirmamos, a órbita terrestre é quase circular, pelo que  a Terra está sempre praticamente à mesma distância do Sol.  Acontece que o eixo de rotação da Terra está inclinado  do ângulo  de 23º em relação ao plano da órbita  da Terra.  Assim, no Verão do hemisfério Norte, este hemisfério está mais inclinado para o  Sol (e o hemisfério Sul está menos inclinado para o Sol). No Verão, a luz do Sol  incide mais frontalmente  sobre o hemisfério Norte (figura 1.14). esta inclinação é fantástica pois faz com haja luz direta em aproximadamente 80%  do hemisfério terrestre.
Figura 1.14 - Planeta Terra com o eixo inclinado. Inclinação dos raios solares sobre o hemisfério Norte no Verão. No Verão, há um dia de seis meses no pólo Norte.
Devido à inclinação do eixo de rotação da Terra, durante a Primavera e  Verão no hemisfério Norte, é sempre dia no pólo Norte e é sempre noite no pólo Sul (figura 1.14). Do mesmo modo, durante o Outono e Inverno no hemisfério Norte, é  sempre dia no pólo Sul e é sempre noite no pólo Norte. A duração dos dias e das noites varia, portanto,  à medida que nos afastamos do equador, para Norte ou para Sul.
A tradição Judaica tem sido de suma importortancia para a compreensão do Pentateuco, então começaremos com a Torá. o que é a TORÁ? é o mesmo que os 5 livros de Moisés, Pentateuco (Genesis, Êxodo, Números, Levítico e Deuteronômio) ou Livros da Lei.

O Talmude

Talmude

Talmude numa edição moderna impressa.
O Talmude (em hebraico: תַּלְמוּד, transl. Talmud) é um registro das discussões rabínicas que pertencem à lei, ética, costumes e história do judaísmo. É um texto central para o judaísmo rabínico, perdendo em importância apenas para a Bíblia hebraica.
O Talmude tem dois componentes: a Mixná (c. 200 d.C.), o primeiro compêndio escrito da Lei Oral judaica; e o Guemará (c. 500 d.C.), uma discussão da Mixná e dos escritos tanaíticos que frequentemente abordam outros tópicos, e são expostos amplamente no Tanakh.
O Mishná foi redigido pelos mestres chamados Tannaim ("tanaítas"), termo que deriva da palavra hebraica que significa "ensinar" ou "transmitir uma tradição". Os tanaítas viveram entre o século I e o III d.C. A primeira codificação é atribuída a Rabi Akiva (50130), e uma segunda, a Rabi Meir (entre 130 e 160 d.C.), ambas as versões tendo sido escritas no atual idioma aramaico, ainda em uso no interior da Síria.
Os termos Talmud e Gemarah são utilizados frequentemente de maneira intercambiável. A Guemará é a base de todos os códigos da lei rabínica, e é muito citada no resto da literatura rabínica; já o Talmude também é chamado frequentemente de Shas (hebraico: ש"ס), uma abreviação em hebraico de shisha sedarim, as "seis ordens" da Mixná.
Primeira página da edição de Vilna do Tractate Berachot, Talmude babilônico, folio 2a.
Originalmente, o estudo acadêmico do judaísmo era oral. Os rabinos expunham e debatiam a lei (isto é, a Bíblia hebraica) e discutiam o Tanakh sem o benefício das obras escritas (além dos próprios livros bíblicos), embora alguns possam ter feito anotações privadas (megillot setarim), por exemplo, a respeito das decisões de cortes. A situação se mudou drasticamente, no entanto, principalmente como resultado da destruição da comunidade judaica no ano de 70 d.C., e os consequentes distúrbios nas normas legais e sociais judaicas. À medida que os rabinos foram forçados a encarar uma nova realidade — principalmente a dum judaísmo sem um Templo (para servir como centro de estudo e ensino) e uma Judéia sem autonomia — surgiu uma enxurrada de discursos legais, e o antigo sistema de estudiosidade oral não pôde ser mantida. Foi durante este período que o discurdo rabínico passou a ser registrado na escrita.[1][2] A primeira lei oral registrada pode ter sido na forma dos Midrash, na qual a discussão haláquica está estruturada como comentários exegéticos sobre o Pentateuco. Uma forma alternativa, porém, organizada pelos tópicos de assuntos, em vez dos versos bíblicos, tornou-se dominante por volta do ano 200 d.C., quando o rabino Judá HaNasi redigiu a Mixná (משנה).
A Lei Oral estava longe de ser monolítica ,variando enormemente entre diversas escolas. As duas mais famosas eram a Escola de Shammai e a Escola de Hillel. No geral, todas as opiniões, mesmo as não-normativas, eram registradas no Talmude.
A Mixná ou Míxena, também chamada de Mishná, é uma compilação de opiniões e debates legais. As declarações contidas na Mixná são tipicamente concisas, registrando as opiniões breves dos rabinos debatendo algum tópico, ou registram apenas um veredito anônimo, que aparentemente representava uma visão consensual. Os rabinos registrados na Mixná são chamados de Tannaim.
Na medida em que suas leis estão ordenadas pelo assunto dos tópicos, e não pelo conteúdo bíblico, e a Mixná discute cada assunto, individualmente, de maneira mais extensa que os Midrash, e inclui uma seleção muito maior de assuntos haláquicos. A organização da Mixná tornou-se, desta maneira, a estrutura do Talmude como um todo. Porém nem todos os tratados da Mixná possuem uma Guemará correspondente. Além disso, a ordem dos tratados do Talmude difere, em muitos casos, da do Mixná.

 

A teoria do Big Bang

Imagem do nascimento de estrelas a 12 bilhões de anos-luz da Terra
Em cosmologia, Big Bang é a teoria científica que defende surgimento do universo a partir de um estado extremamente denso e quente há cerca de 13,7 bilhões de anos. Ela baseia-se em diversas observações que indicam que o universo está em expansão de acordo com um modelo Friedmann-Robertson-Walker baseado na teoria da Relatividade Geral, dentre as quais a mais tradicional e importante é relação entre os redshifts e distâncias de objetos longínquos, conhecida como Lei de Hubble, e na aplicação do princípio cosmológico.
Em um sentido mais estrito, o termo "Big Bang" designa a fase densa e quente pela qual passou o universo. Essa fase marcante, de início da expansão comparada a uma explosão, foi assim chamada pela primeira vez, de maneira desdenhosa, pelo físico inglês Fred Hoyle no programa "The Nature of Things" da rádio BBC. Hoyle, proponente do modelo (hoje abandonado) do universo estacionário, ridicularizava.
Apesar de sua origem, a expressão"Big Bang" acabou perdendo sua conotação pejorativa e irônica para tornar-se o nome científico da época densa e quente pela qual passou o universo. Em 1927, o padre e cosmólogo belga Georges Lemaître (1894-1966) derivou independentemente as equações de Friedmann a partir das equações de campo de Einstein e propôs que os desvios espectrais observados em nebulosas se deviam a expansão do universo, que por sua vez seria o resultado da "explosão" de um "átomo primordial".
Em 1929, Edwin Hubble forneceu base observacional para a teoria de Lemaitre ao medir um desvio para o vermelho no espectro ("redshift") de galáxias distantes e verificar que este era proporcional às suas distâncias. Porem os calculos de Huble eram incertos(quando [1], o que ficou conhecido como Lei de Hubble-Homason.

Controvérsias

A teoria do Big Bang não é um acontecimento igual a uma explosão da forma que conhecemos, embora o universo observável com a ajuda das lentes dos modernos telescópios espaciais ainda descreva um resultado de uma explosão (uma fuga cósmica) há quem levante dúvidas se realmente houve algo que explodiu ou se foi uma explosão a causa dessa dilatação observada.
Alguns afirmam que o termo "Big Bang" é utilizado como uma aproximação para designar aquilo que também se costuma chamar de "Modelo Cosmológico Padrão". Este consiste numa aplicação da Relatividade Geral ao Universo como um todo. Isso é feito, em um primeiro momento, assumindo-se que o universo é homogêneo e isotrópico em larga escala. Em um segundo momento se introduz flutuações de densidade no modelo e estuda-se a evolução destas até a formação de galáxias.
O modelo cosmológico padrão é extremamente bem testado experimentalmente e possibilitou a previsão da radiação cósmica de fundo e da razão entre as abundâncias de hidrogênio e hélio.
Os dados observacionais atualmente são bons o suficiente para saber como é a geometria do universo.
Exemplificando: Se for imaginado um triângulo, com lados maiores do que milhares de vezes o raio de uma Galáxia observável qualquer, se poderá saber da validade do teorema de Pitágoras pela observação direta. Porém, não se tem idéia de qual é a topologia do universo em larga escala atualmente. Ou, é sabido se ele é infinito ou finito no espaço.
O termo Big Bang também designa o instante inicial (singular) no qual o fator de escala (que caracteriza como crescem as distâncias com a expansão) tende a 0.
Alguns afirmam que as equações da Relatividade Geral falham no instante 0 (pois,são singulares). Eventos como o big bang simplesmente não estão definidos.
Portanto acreditam alguns que, segundo Relatividade Geral não faz sentido se referir a eventos antes do Big Bang.
Sabe-se que as condições físicas do universo muito jovem estão fora do domínio de validade da Relatividade Geral devida densidade ambiental e não se espera que as respostas sejam corretas na situação de densidade infinita e tempo zero.
Atualmente a Teoria do Big Bang é a mais aceita pelos cientistas. Porém há pessoas que afirmam que nela existem contradições que não podem explicar alguns pontos.
· Sobre os tópicos acima:
1.                      Zeilik, Michael. Astronomy: The Envolving Universe. New York: Harper and Row, 1979.

O Wilkinson Microwave Anisotropy Probe (WMAP) é um sistema de sensoreamento térmico da energia remanescente de fundo, ou ruído térmico de fundo do Universo conhecido. Esta imagem é um mapeamento em microondas do Universo conhecido cuja energia que chega ao sistema está reverberando desde 379000 anos depois do Big-bang, há 13 bilhões de anos (presume-se). A temperatura está dividida entre nuances que vêm do mais frio ao mais morno, do azul ao vermelho respectivamente, sendo o mais frio, a matéria ou o "éter", onde a energia térmica de fundo está mais fria, demonstrando regiões mais antigas. A comparação, feita pelo autor da imagem, é como se tivéssemos tirado uma fotografia de uma pessoa de oitenta anos, mas, no dia de seu nascimento.
O Big Bang, ou grande explosão, também conhecido como modelo da grande explosão térmica, parte do princípio de Friedmann, onde, enquanto o Universo se expande, a radiação contida e a matéria se esfriam. Para entender a teoria do Big Bang, deve-se em primeiro lugar entender a expansão do Universo, de um ponto A para um ponto B, assim, podemos, a partir deste momento retroceder no espaço, portanto no tempo, até o Big Bang.

 

 

Cosmogonia


Origem do universo
A palavra Cosmogonia vem do grego κοσμογονία; κόσμος "universo" e -γονία "nascimento". É o termo que abrange todas as teorias das origens do universo, sendo elas religiosas, científicas e mitológicas. Um dos problemas não resolvidos no modelo do Universo em expansão é saber se o Universo é aberto ou fechado (isto é, se se expandirá indefinidamente ou se voltará a se contrair).
Origem científica:
A ciência acredita que o universo se originou de uma grande explosão, o Big Bang. Foi o padre e cosmólogo belga Georges Lemaítre que expôs que o universo teria tido um início repentino.
Algumas teorias Cosmogonicas
O criacionismo, como idéia geral, se caracteriza por teorias sobre fenômenos relacionados à origem do Universo, da vida e das espécies de seres vivos.
Todo criacionismo se baseia em uma crença religiosa de que o universo e os seres vivos foram criados por Deus. Contudo, algumas linhas do pensamento criacionista ambicionam oferecer um tipo de argumentação que não se restringe somente a esta convicção religiosa. Assim, buscam fundamentar a afirmação da origem divina do universo e dos seres vivos em argumentos não somente religiosos, mas também científicos e filosóficos. Tais argumentos, em alguns casos refutam completamente evolucionismo biológico, e em outros casos aceitam parcialmente, com ressalvas, o evolucionismo biológico.

 

Criacionismo da Terra Jovem

Criação da Luz, por Gustavo Doré
Dentro do grupo de criacionistas cristãos, há os que apoiam a tese da criação da Terra nos seis dias literais do Gênesis, baseando-se em textos bíblicos. Tais cristãos denominam-se criacionistas da Terra Jovem ou literalistas bíblicos.

Criacionismo de Terra Antiga

Outros aceitam a idade da Terra, ou até mesmo do Universo, defendida pelos evolucionistas, mas mantendo ainda posições conflitantes com a biologia destes. São apelidados criacionistas da Terra Antiga ou, muitas vezes, da Terra Velha. Já o evolucionismo criacionista, já citado, defende a tese de que a Bíblia ou outros livros considerados sagrados dão margem a uma mistura da evolução, origem da vida e criação, dizendo que Deus deu origem à vida, mas permitiu que esta evoluísse.
A Bíblia faz menção de seis dias criativos e um sétimo dia não terminado. Os criacionistas que apoiam a tese da Terra Antiga, tentam realizar uma interpretação abstrata da palavra "dias", dizendo que dias podem significar milhares ou até mesmo bilhões de anos, tentando tornar compatível a tese da criação com a datação apresentada pelos que crêem na evolução, embora a Geologia apresente várias provas de que a datação dos criacionistas está incorreta.
Os criacionistas trabalham basicamente com teorias para refutar os argumentos dos evolucionistas, sem evidências concretas. A maior dificuldade dos criacionistas é serem levados a sério, devido à tentativa de fundirem ciência com religião. Enquanto a ciência consiste em realizar experimentos, testes, observações e outros métodos que permitam a comprovação de fatos, até determinar um resultado concreto, a religião é baseada unicamente em crenças pessoais, sem bases.

Ramificação

Entre as diversas correntes criacionistas da Terra Antiga, há duas principais:
·  Neocriacionismo - também chamado de Design inteligente, corrente surgida por volta de 1920 nos EUA, defende a tese de que houve influência de uma entidade inteligente na criação dos seres vivos. Grupos religiosos dessa corrente têm lutado para incluir esse ensino nas escolas, em pé de igualdade com o ensino da evolução. Os evolucionistas a consideram apenas o criacionismo clássico travestido de pseudociência para poder ser ensinado nas escolas. Assim foi considerada em decisão judicial, pelo juiz John Jones, que proibiu seu ensino em escolas públicas.[27]
·  Criacionismo Clássico - quanto à difusão do criacionismo clássico, segundo uma pesquisa do Instituto Gallup veiculada pela Folha de São Paulo,[28] noventa por cento dos norte-americanos acreditam em um Deus criador, sendo que quarenta e cinco por cento acham que a criação ocorreu exatamente como o livro do Gênesis descreve. A pesquisa mostra que, entre os membros da Academia Nacional de Ciências estadunidense, dez por cento expressam crença num deus, o que não significa necessariamente que sejam criacionistas. A maioria deles são evolucionistas teístas, como Francis Collins, que deixa claro seu repúdio tanto ao criacionismo quanto ao design inteligente em seu livro The Language of God: A Scientist Presents Evidence for Belief (publicado em julho de 2006). Várias religiosos possuem diferentes visões do criacionismo, como o cristão, muçulmano, hindu etc.
Existe ainda dentre estes uma ínfima minoria que vai mais longe e é geocentrista e/ou defensora da Terra Plana.

Criacionismo dito científico

Dentre os criacionistas de terra antiga e clássicos figuram-se aqueles que denominam-se defensores de um criacionismo científico, que se fundamenta em supostas evidências de que houve planejamento no surgimento das espécies (no que se associa ao chamado Design Inteligente, do planeta e de todo o universo ,em suma, argumentos teleológicos). Essa posição pretendente a científica aponta para a existência de um ser criador sem identificá-lo; enquanto o criacionismo religioso afirma quem é o criador. Mas invariavelmente, os defendores deste tipo de criacionismo tenderão a associar suas afirmações com a narrativa bíblica. Segundo o Dr. Adauto Lourenço, físico brasileiro de orientação criacionista biblicista, afirmar que houve criação seria uma questão científica, afirmar quem é o criador é religiosa.
O problema deste tipo de afirmação é que contraria na atual definição de ciência (pela Filosofia da Ciência) o que seja o princípio de demarcação: a ciência não pode fazer afirmações com base em um suposto agente sobrenatural, que esteja além das evidências. Logo, pode-se afirmar que exista a ação de uma entidade sobenatural, mas não se pode afirmar que esta afirmação seja científica.

Argumentos neocriacionistas

Apesar da predominância de correntes evolucionistas nos meios acadêmicos, alguns cientistas tornaram-se notados por defenderem o criacionismo clássico, que envolve a crença num criador. Os argumentos de pessoas pertencentes a comunidade científica em favor do criacionismo apontam para a organização e exatidão das leis naturais. Essa visão dá uma imagem que parece com aquela proposta por Isaac Newton, ao comparar o mundo a um mecanismo que evidencia um projeto inteligente e sobrenatural.
As novas tendências científicas têm, contudo, levado a uma diferente visão do Universo, menos determinista e mecanicista. É comum dar como exemplo a distância propícia entre o Sol e a Terra, que permite temperaturas amenas, as quais possibilitam a continuidade da vida. É interessante verificar que esse mesmo argumento é utilizado pelos evolucionistas para referir o caráter excepcional da posição da Terra, não para uma suposta "continuidade" (palavra que implica a ideia de um projeto ou um plano para a Criação) da vida, mas para a sua emergência e evolução. É importante notar que, apesar de alguns poucos cientistas defenderem o criacionismo, isso não significa que existem argumentos científicos a favor do criacionismo nem contra as evidências e provas que o combatem.
Indivíduos teístas que aceitam as hipóteses científicas podem ver nas características e regularidades da Natureza (como a regularidade verificada nos elementos químicos na tabela periódica ou o fato de os acontecimentos físicos obedecerem a leis que podem ser expressas em equações matemáticas "exatas") base para se pressupor uma ordem, citada e interpretada como prova da existência de um legislador que legisla e faz cumprir essas leis. Por essas mesmas leis, o Universo teria vindo a existir por determinação divina e teria se desenrolado sua história da mesma forma, sendo parte dela a origem e a evolução da vida na Terra. Criacionistas, no entanto, não acreditam que o Universo e suas partes tenham sido criados segundo essas leis, mas que tudo foi criado do nada (ou ex nihilo, termo em latim mais sofisticado) e só então essas leis passaram a vigorar.
Os argumentos neocriacionistas são associados aos argumentos teleológicos, como o argumento do relojoeiro de Paley.
Como um exemplo de argumentação deste tipo, é sempre citado o exemplo marcante de cientistas que construíram um determinado misticismo sofisticado sobre o que seja a natureza. Dentre os cientistas que fizeram afirmações neste sentido estão Albert Einstein, que por visão determinista da natureza chegou a expressar-se com a famosa frase: "Deus não joga dados com o universo", quando discutia o caráter aleatório da Mecânica Quântica, do qual discordava.
Outras de suas afirmações incluem: - creio em um Deus pessoal e posso dizer que, nunca, em minha vida, cedi a uma ideologia atéia;- não há oposição entre a ciência e a religião. Apenas há cientistas atrasados, que professam idéias que datam de 1880; (no que por si, já argumenta contra um criacionismo biblicista); - aos dezoito anos, eu já considerava as teorias sobre o evolucionismo mecanicista e casualista como irremediavelmente antiquadas. No interior do átomo não reinam a harmonia e a regularidade que estes cientistas costumam pressupor. Nele se depreendem apenas leis prováveis, formuladas na base de estatísticas reformáveis. Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reações dessemelhantes e contraditórias da matéria. (no que defende que apenas as modificações do natural produzem os fenômenos naturais, e logo, não o criacionismo por atos e fatos miraculosos, intervenientes contra as leis naturais).

Os argumentos criacionistas

Existem argumentos criacionistas contra a Paleontologia, Geologia e Sistemática. Esses argumentos não levam em conta a metodologia utilizada por essas disciplinas, que são os métodos estatísticos e computacionais[29] da Cladística, como a máxima parcimônia[30] e o bootstraping,[31] utilizados pelos sistematas. Também não existem argumentos consistentes contra os métodos de datação radiométrica[32] de fósseis e rochas utilizados pelos geólogos e paleontólogos.
Criacionistas questionam também experiências relacionadas à demonstração da seleção natural, como aquela relativa às mariposas cujas cores foram influenciadas pelas mudanças advindas da Revolução Industrial. Nesse caso, especificamente, apontam falhas na metodologia como confirmação de que não existiria seleção natural.

Classificação dos argumentos criacionistas

Criacionistas costumam focar os seus argumentos contra o estudo científico da origem da vida ou abiogênese. Em um artigo do prestigiado periódico Biology & Philosophy,[33] Richard Carrier demonstrou que todos os argumentos criacionistas contra a abiogênese recaem em seis classes de erros:
1.                      Fontes obsoletas.
2.                      Omissão de contexto.
3.                      Uso incorreto da Matemática (bad math).
4.                      Falácia da confusão dos jogadores com o vencedor.
5.                      Estimativa tendenciosa do tamanho do protobionte (begging the size of the protobiont).
6.                      Confusão de características desenvolvidas ao longo da evolução com estruturas espontâneas (confusing evolved for spontaneous features).
É importante salientar que existem vários outros artigos criticando os argumentos criacionistas acerca da abiogênese.[34]
Toda a argumentação criacionista quanto ao desconhecimento sobre como a vida teria se originado naturalmente não raramente tenta levar a crer que, sem essa resposta, todas as demais áreas da ciência às quais se opõem, em especial a evolução biológica, desmoronam como conseqüência. Essa é uma falácia non sequitur - a conclusão não decorre das premissas - pois as evidências das diversas áreas que compõem o evolucionismo não são totalmente dependentes umas das outras, e dessa forma, é possível ainda se estabelecer os laços de parentesco entre todos os organismos, mesmo sem saber de onde teria vindo o ancestral comum de todos eles.

Argumentos contra o criacionismo

Durante mais de trinta séculos, a crença criacionista perdurou como uma verdade absoluta em diversas partes do mundo, interpretada literalmente da forma como está escrita nos textos sagrados das diversas literaturas religiosas, não dando chance a qualquer opinião discordante, menos por imposição das autoridades da época e mais por uma ausência de necessidade prática de um maior questionamento.
Somente nos últimos dois séculos, com a valorização do direito do homem à liberdade de pensamento, uma série de argumentos foram levantados contra esse predomínio eminentemente religioso. A interpretação criacionista literal perdeu sua unidade, sendo questionada com maior profundidade.
De acordo com praticamente todos os cientistas, todas as ramificações do criacionismo ferem importantes princípios filosóficos da ciência. Para os que pensam dessa forma, os principais argumentos comparativos propostos são:
1.                      O criacionismo não pode ser considerado como uma ciência, nem sequer uma teoria. Uma teoria requer análises, estudos, testes, experiências, modificações e, finalmente, adequações. Uma teoria evolui com o decorrer do tempo, à medida que o ser humano amplia seus conhecimentos e suas descobertas. Naturalmente, a ciência, no sentido usado nesse contexto, não pode nem afirmar nem negar que o criacionismo seja verdadeiro - é não-falseável e portanto não-científico. Este argumento, no entanto, não significa muita coisa, uma vez que o ato de ser não-científico não significa, necessariamente, que é incorreto ou desprezável.
2.                      A evolução é uma estrutura teórica bem definida, que embasa a Cladística, a Biologia do Desenvolvimento, a Paleontologia, a Genética de Populações e todas as demais áreas da Biologia; ao passo que o criacionismo é constituído de uma multiplicidade de superstições, sem unidade, criadas pelas centenas de religiões e mitos hoje existentes ou que já existiram outrora.
3.                      A evolução é uma teoria fundamentada em achados fósseis concretos e em experimentos realizados, enquanto que o criacionismo é abstrato, indemonstrável e desprovido de bases científicas.
4.                      Os argumentos neocriacionistas, que utilizam recentes descobertas da ciência, de uma forma geral, são falácias que poderiam provar a veracidade de qualquer crença, seja ela judaico-cristã, muçulmana, hinduísta, umbandista, pagã, animista ou de qualquer outra crença religiosa.
5.                      O evolucionismo esforça-se em buscar explicações para os eventos da Natureza, enquanto que o criacionismo esforça-se em adaptar os eventos da Natureza à sua visão de mundo.
6.                      O criacionismo não possui bases científicas, portanto é certamente uma visão de mundo, não podendo se apresentar como ciência, pois não tem indícios para tal e não é comprovada cientificamente.
Não sendo o design inteligente (ou qualquer outra forma de criacionismo) científico, não existem debates científicos entre ele e a evolução. A teoria da evolução é suportada por muitas evidências e é aceita por virtualmente todos os cientistas do mundo, enquanto o criacionismo não possui evidências, apenas escrituras antigas. Trata-se de uma discussão entre conhecimento científico e crenças religiosas, portanto.
Quanto aos poucos cientistas que acreditam no criacionismo, eles representam, segundo a revista Newsweek, apenas 0,15% de todos os cientistas da vida (biólogos) e da Terra (geólogos) com alguma crendencial acadêmica respeitável nos EUA.[35] São 700, entre os 480.000 cientistas.
Uma pesquisa da Organização Gallup[36] chegou à conclusão de que cinco por cento dos cientistas americanos acreditam no criacionismo da Terra Jovem, quarenta por cento acreditam que nós humanos evoluímos de outras formas de vida em um processo evolutivo de milhões de anos, mas que Deus guiou o processo, e cinqüenta e cinco por cento acreditam que nós evoluímos de outras formas de vida e que Deus não teve participação nenhuma nesse processo.
Mas essa pesquisa não considerou apenas biólogos e geólogos como a outra, mas cientistas de todas as áreas, engenheiros químicos, bacharéis em ciência da computação etc. Portanto, há pouquíssimos cientistas que defendem o criacionismo e freqüentemente eles pertencem a áreas de atuação que não têm relevância na discussão, além de não se basearem em nenhuma pesquisa científica séria para sustentar sua posição.
A afirmação de que nenhuma vida pode surgir de não-vida foi recentemente desafiada a partir de experimentos onde um vírus é sintetizado em laboratório,[37] mas a questão de se um vírus pode ou não ser considerado um ser vivo nunca foi um consenso entre cientistas. Outra questão levantada pelos criacionistas é que esse tipo de experimento na verdade comprovaria a necessidade de uma inteligência e intencionalidade por trás do processo. No entanto, é imprescindível lembrar-se de que experimentos laboratoriais são fundamentalmente diferentes de processos de simples montagem intencional, pois na realidade visam a reproduzir as situações em que um fenômeno ocorreria naturalmente, espontaneamente.

Teologia Evolucionista

Alguns teólogos tem procurado conciliar os textos bíblicos com a Teoria da Evolução.
Teilhard de Chardin foi um padre jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo francês que logrou construir uma visão integradora entre ciência e teologia. Através de suas obras, legou-nos uma filosofia que reconcilia a ciência do mundo material com as forças sagradas do divino e sua teologia. Disposto a desfazer o mal entendido entre a ciência e a religião, conseguiu ser mal visto pelos representantes de ambas. Muitos colegas cientistas negaram o valor científico de sua obra, acusando-a de vir carregada de um misticismo e de uma linguagem estranha à ciência. Do lado da Igreja Católica, por sua vez, foi proibido de lecionar, de publicar suas obras teológicas e submetido a um quase exílio na China.
"Aparentemente, a Terra Moderna nasceu de um movimento anti-religioso. O Homem bastando-se a si mesmo. A Razão substituindo-se à Crença. Nossa geração e as duas precedentes quase só ouviram falar de conflito entre Fé e Ciência. A tal ponto que pôde parecer, a certa altura, que esta era decididamente chamada a tomar o lugar daquela. Ora, à medida que a tensão se prolonga, é visivelmente sob uma forma muito diferente de equilíbrio – não eliminação, nem dualidade, mas síntese – que parece haver de se resolver o conflito."
O Padre Ariel Álvarez Valdez sustenta que trata-se de uma parábola composta por um catequista hebreu, a quem os estudiosos chamam de “yahvista”, escrita no século X AC, que não pretendia dar uma explicação científica sobre a origem do homem, mas sim fornecer uma interpretação religiosa, e elegeu esta narração na qual cada um dos detalhes tem uma mensagem religiosa, segundo a mentalidade daquela época[38].
John F. Haught, filósofo americano criador do conceito de Teologia evolucionista, diz que "o retrato da vida proposto por Darwin constitui um convite para que ampliemos e aprofundemos nossa percepção do divino. A compreensão de Deus que muitos e muitas de nós adquirimos em nossa formação religiosa inicial não é grande o suficiente para incorporar a biologia e a cosmologia evolucionistas contemporâneas. Além disso, o benigno designer [projetista] divino da teologia natural tradicional não leva em consideração, como o próprio Darwin observou, os acidentes, a aleatoriedade e o patente desperdício presentes no processo da vida”, e que “Uma teologia da evolução, por outro lado, percebe todas as características perturbadoras contidas na explicação evolucionista da vida”, sobre as idéias de Richard Dawkins, Haught declara que: “A crítica da crença teísta feita por Dawkins se equipara, ponto por ponto, ao fundamentalismo que ele está tentando eliminar”[39].
Ilia Delio, teóloga americana, sustenta que a teologia pode “tirar proveito” das aquisições de uma ciência que vê na “mutação” o núcleo essencial da matéria.
O Rabino Nilton Bonder sustenta que: "a Bíblia não tem pretensões de ser um manual eterno da ciência, e sim da consciência. Sua grande revelação não é como funciona o Universo e a realidade, mas como se dá a interação entre criatura e Criador"[41].

Visões criacionistas

As visões criacionistas nasceram a partir da experiência humana primitiva e tinham como objetivo responder às indagações do homem sobre a origem do Universo – um tema sempre presente no espírito humano em todas as épocas e em todas as civilizações. Assim, na tentativa de explicar a essência de todas as coisas e estabelecer um elo entre o compreensível e o incompreensível, entre o físico e o metafísico, uma quantidade infindável de respostas foram elaboradas pelo que uns dizem ser a imaginação humana e outros dizem ser a própria vontade de suas divindades, transcritas nos textos e nos ritos sagrados de várias culturas. Exemplificando, descrevem-se a seguir algumas das principais visões criacionistas que tratam da origem do Universo.

A Tradição judaico-cristã e o criacionismo

Na tradição judaico-cristã sobre a criação divina do mundo, que é baseado em Gênesis, um ser único e absoluto, denominado Javé ou Jeová (ou Deus), perfeito, incriado, que existe por si só e não depende da existência do Universo, é o elemento central da estrutura criacionista. Exercendo seu infinito poder criativo, ele criou o Universo em seis dias e no sétimo descansou. Sempre através de palavras, no primeiro dia, ele fez a luz e separou o dia da noite; no segundo dia, ele criou o céu; no terceiro dia, a terra e o mar, as árvores e as plantas; no quarto dia, o Sol, a Lua e as estrelas; no quinto dia, os peixes e as aves; e, no sexto dia, ele criou os animais e, por fim, ele fez o homem e a mulher (Adão e Eva) à sua imagem e semelhança.
Actualmente, para muitos cristãos e judeus, os sete dias da criação do mundo, de que fala a Bíblia, não devem ser entendidos literalmente, representando uma forma de explicar a criação do Universo. Mas, mesmo assim, algumas correntes, denominadas fundamentalistas, originárias em certas regiões dos EUA, acreditam em uma leitura literal da Bíblia. Alguns dos seus membros defendem o design inteligente, que não passa de mais uma teoria criacionista.




Criacionismo
Criscionistas da Terra Jovem

Em comum, os integrantes desta linha criacionista acreditam que o planeta tenha sido criado por Deus há apenas 6 mil ou, no máximo, 10 mil anos. Subdividem-se em três grupos principais
- Terra Plana: para esse grupo, que faz interpretação literal da Bíblia, a Terra é chata, coberta por um firmamento, e as águas suspensas seriam as causadoras do Dilúvio. Embora seja um grupo cada vez menos expressivo, essa visão que remete à Antiguidade e à Idade Média persiste em pleno século XXI. Ex.: Charles K. Johnson (International Flat Earth Society)
- Geocêntricos: aceitam que a Terra é redonda, mas negam todas as evidências científicas que, desde Copérnico (1473-1543) e Galileu (1564-1642), provam que é a Terra que gira ao redor do Sol e de seu próprio eixo - e não o contrário. Ex.: Gerardus Bouw (Biblical Astronomer Organization) e Tom Willis (Creation Science Assotiation for Mid-America)
- Heliocêntricos: aceitam as modernas concepções da Mecânica Celeste, embora não concordem com a idade estimada pela Ciência do Universo (15 bilhões de anos) e da Terra (4,5 bilhões de anos). Ajudaram a popularizar a Teoria do Dilúvio e o criacionismo científico de George McCready Price. Ex.: Henry Morris e Duane Gish (Institute for Creation Research)
Criacionistas
Aceitam as evidências da antiguidade do planeta, mas ainda as encaixam na lógica das escrituras bíblicas. Subdividem-se em quatro grupos principais
- Teoria do Intervalo: estabelece que houve um longo intervalo temporal entre os versículos 1:1 e 1:2 do Gênesis, após o qual Deus teria criado o mundo em seis dias. Busca assim conjugar evidências geológicas e cosmológicas mais remotas sem abrir mão da criação divina literal registrada na Bíblia. Ex.: Herbert W. Armstrong (autor de Mistery of the Ages)
- Teoria do Dia-Era: estabelece que o conceito de ''dia'' nas Escrituras representa, de forma figurada, períodos muito mais longos que 24 horas, compreendendo até mesmo intervalos de milhões de anos.
- Teoria Progressiva: aceita o big bang e a maioria das teorias da Física Moderna como reforços do poder criativo de Deus. Mas acredita que todos os seres vivos foram criados de modo progressivo e seqüencial por Deus, sem relação de parentesco ou ancestralidade. Ex.: Hugh Ross (autor de Reasons to Believe)
- Design Inteligente: versão criacionista mais sofisticada e de maior repercussão nos círculos acadêmicos e de poder do mundo atual. Como estratégia de marketing, seus adeptos não gostam de ser classificados como criacionistas. Afirmam que a complexidade do mundo natural prova uma intencionalidade. Seus argumentos se organizam de forma cada vez mais técnica para combater a teoria darwinista, em campos como Genética e Microbiologia. Ex.: Phillip Johnson, Michael Behe, William Dembski e George Gilder (Discovery Institute)

 Igreja Católica e o criacionismo

Os católicos, que herdaram a mesma crença criacionista oriunda da tradição judaico-cristã, acreditam que a explicação da "feitura do universo" fala por si só, pois, como é evidente, Deus não precisa se explicar.
Actualmente, muitos deles, defendendo a posição oficial da Igreja Católica, não são estritamente criacionistas, porque, apesar de acreditarem na criação divina, eles aceitam ao mesmo tempo as teorias da evolução e do Big-Bang. Neste caso, que pode ser chamado de criacionismo evolucionista ou evolucionismo criacionista, os católicos defendem que estas teorias científicas não negam a origem divina do mundo, tendo somente a função de descrever o método com que Deus tenha criado todas as coisas. Aliás, a própria Igreja Católica, através do seu Magistério, não considera o criacionismo e o design inteligente como teorias científicas ou teológicas.[42]
Há ainda segundo outras doutrinas católicas, essa parte do Gênesis teria a função de somente ensinar à humanidade que temos que descansar.

 

Criacionismo chinês

Nas crenças chinesas, P’an Ku, o Deus-Absoluto, nasce a partir de um Ovo Primordial e o processo de criação se concretiza com um sacrifício divino. P’an Ku morre, dando então origem à vida: de seu crânio surgiu a abóboda do firmamento e de sua pele a terra que cobre os campos; de seus ossos vieram as pedras; de seu sangue os rios e os oceanos; de seu cabelo veio toda a vegetação. Sua respiração se transformou em vento, sua voz em trovão; seu olho direito se transformou na lua, seu olho esquerdo no sol. De sua saliva e suor veio a chuva. E dos vermes que cobriam seu corpo surgiu a humanidade.

Criacionismo grego

Segundo os gregos antigos, o princípio de todas as coisas está associado a um Caos Primordial, num tempo em que a Ordem não tinha sido ainda imposta aos elementos do mundo. Do Caos nasceu Gea (a Terra) e depois Eros (o Amor). Posteriormente, Caos engendrou o Érebo (as trevas infernais), o dia, a noite e o éter. Gea engendrou o céu, as montanhas e o mar. De Gea nasceram também os Deuses, os Titãs, os Gigantes e as Ninfas dos Bosques. Prometeu, filho do titã Jápeto, criou artesanalmente a raça humana – homens e mulheres – moldando-os com argila e água. E então Atena, deusa da sabedoria, ao ver essas criaturas, insuflou em seu interior alma e vida.

Criacionismo no hinduísmo

No hinduísmo, o tempo não é linear como em outras crenças. Aqui, o tempo tem uma natureza circular, pois a criação e a evolução são repetidas eternamente, em ciclos de renovação e destruição simbolizados pela dança rítmica do deus Shiva. "Na noite do Brahma – essência de todas as coisas – a natureza é inerte e não pode se mover até que Shiva assim o deseje. Shiva desperta de seu sono profundo e através de sua dança faz aparecer a matéria à sua volta. Dançando, Shiva sustenta seus infinitos fenômenos e, quando o tempo se esgota, ainda dançando, ele destrói todas as formas por meio do fogo e se põe de novo a descansar".

No Mito e na Religião:
O mito esta relacionado a cosmogonia de cada religião, cada religião tem sua cultura. Assim o mito explica origens do universo de cada religião, logo explicando os acontecimentos e fatos através da história de sua cultura. No entanto, cada religião tem a sua explicação para a origem do universo. Exemplos como o dos Judeus e cristãos acreditam que o universo foi criado em seis dias por seu único e onipotente Deus, Javé. Ou mesmo a teoria dos sumérios e babilônios seria a que os deuses são os elementos naturais que formam o universo, no princípio do mundo existiam Abzu e Tiamat, os elementos masculino e feminino das águas, Tiamat criou o céu, de quem nasceu Ea (a magia), que produziu Marduk. este venceu os demais deuses e dividiu o corpo de Tiamat, separando o céu da Terra e produziu o primeiro homem, usando o sangue do monstro derrotado.
Estes seriam exemplos de mitos que as religiões explicam através de sua cultura, que transformam em criadores do universo.

1 Criação ou origem do universo, especialmente como objeto de estudo ou de especulação; cosmogênese, cosmogenia.
2 Cada uma das diferentes teorias filosófico-religiosas, criadas pelo homem, através dos tempos, que pretendem explicar a origem do universo.
3 Estudo da origem e desenvolvimento do universo e dos seus componentes.
4 Visão de mundo, conceito pessoal de realidade.  
 "A essência do ser está intrínseca em sua cosmogonia"-Funfas, Thiago.

(filosofo Grego nascido em Ascra no final do Sec Vlll.)
O Caos
A cosmogonia grega, segundo Hesíodo, desenvolve-se, ciclicamente, de baixo para cima, das trevas para a luz.
Primeiro era o Caos (vazio primordial, vale profundo, espaço incomensurável), (matéria eterna, informe, rudimentar, mas dotada de energia prolífica).
Depois surgiu a Terra (Gaia) – como eterna moradia para os deuses no Olimpo e no Tártaro (habitação profunda) e, simultaneamente, Eros (o Amor – a força do desejo).

Gaia (ou Géia) - a Terra
Nyx – a noite
Érebos - a escuridão
Do Caos rebentam a Noite (Nyx) e Érebos (escuridão profunda).





Hemera
A Noite dá à luz, fecundada por Erebos, ao Dia (Hemera) e o Éter.


A Terra (Gaia) dá à luz ao Céu (Urano), Montes e Pontos (mares).
Titã
Teia
Com ele, ela cria os Titãs (Oceano, Ceos, Crio, Hiperión, Jápeto e Cronos) e as Titãnidas (Téia, Réia, Mnemósina, Febe e Tétis); entretanto Urano não lhes permitia sair do seio da Terra.





Ciclope
Hecatônquiros
Após os Titãs e Titânidas, Urano e Gaia geraram os Ciclopes (que tinham um só olho no meio da testa) e os Hecatônquiros (Monstros de cem braços e de  cinquenta cabeças).
A cosmogonia grega é abundante em mitos, lendas e heróis e como nosso objetivo tem sido alcançado finalizamos aqui conscientes de que o seu estudo minucioso é de suma importância, mas nosso espaço é curto.

A CRIAÇÃO DA TERRA NA COSMOGONIA YORUBÁ

Os Iorubás e o criacionismo

Na crença de Iorubá, o processo de criação envolve várias divindades. Em uma das versões, Olorum – Senhor Deus Universal – criou primeiramente todos os Orixás (divindades) para habitar Orun (o Céu, mundo espiritual), com o objetivo de usá-los como auxiliares para executar todas as tarefas que estariam relacionadas com a própria criação e o posterior governo do mundo. Então, Olorum encarregou Obatalá de criar o mundo; mas este, com pressa, não rendeu a Bará os tributos devidos e, durante sua caminhada, parou para beber vinho de palmeira e, embriagando-se, adormeceu. Oduduá, a Divina Senhora, foi ao encontro de Obatalá e, ao vê-lo adormecido, pegou os elementos da criação e começou a formação física da terra. Ela mandou que cinco galinhas d’angola começassem a ciscar a terra, espalhando-a, dando assim origem aos continentes. Oduduá soltou então os pombos brancos - símbolo de Oxalá – e assim nasceram os céus. De um camaleão fez surgir o fogo e, com caracóis, ela criou o mar.

 

Yorubá é o nome que se utiliza para designar os povos de Oyó, que acabou por cobrir todas as etnias do mesmo tronco e que no Brasil resultaram na tradição Nagô, contribuição mais marcante e efetiva para a religiosidade afro-brasileira.
O historiador Frobenius ( Mythologie de l’Atlantide) afirma ter redescoberto na terra dos yorubás ramificações do desaparecido continente da Atlântida. Segundo ele, os atlantes teriam cruzado o oceano infiltrando-se na África. Já Samuel Johnson (The Story of the Yorubas) situa a origem dos yorubás no Egito Superior ou na Núbia. Estudos atuais sobre o Kemet – como é conhecido o Egito antigo, vêm corroborar a teoria de ali situar a origem da religião yorubá. Seja como for, elementos da prática religiosa yorubá comprovam ser das primeiras praticadas na Terra e nos teriam sido legados pelos ancestrais instrutores espirituais do planeta.
Dentro da tradição yorubá , a estrutura universal é regida por uma Divindade Suprema, Olodumare / Olorun, origem única e princípio de todos os mundos , que comanda e zela pela sua evolução. Este Ser permeia todos os reinos da manifestação cósmica, desde as maiores galáxias até os ínfimos espaços inter-atômicos. Descrito como aterekaye (aquele que cobre o mundo, fazendo todos sentirem a Sua presença) é o detentor do Poder Absoluto e Onipotente, o que já invalida uma precipitada atribuição de politeismo à religião yorubá. Pelo contrário, a reverência a grandiosidade de Olodumare é tão absoluta que, a Ele não se erguem templos, não se idealiza a imagem e tampouco se realizam, rotineiramente, sacrifícios ritualísticos. Contudo, cada um é livre para dirigir as suas orações e louvores a Suprema Inteligência Universal.
Segundo a concepção yorubá , todo o processo de existência se desenvolve nos planos físico – o aiyê – e sobrenatural – o orun. Tudo o que se manifesta no aiyê tem a sua pré-existencia no orun. Tudo o que existe no plano material possui o seu duplo no Orun, fato que, curiosamente, vem sendo concebido pela física atual. Segundo os Itan (mitos), corpo da tradição oral que norteia a totalidade de crenças e procedimentos da religião yorubá, Olodumare convocou Obatalá / Orisa nla para elaborar o planeta Terra dentro da dimensão do plano material.
“Durante a caminhada, Obatalá encontrou Exu, que indagou sobre oferendas que deveriam ser feitas para a consecução do trabalho. Obatalá não deu importância ao fato e, sedento, extrapolou no consumo de bebida alcoólica extraída da palmeira. Conseqüentemente, caiu em sono profundo e foi suplantado por Oduduwa, que, tomando os elementos necessários, saiu para efetuar a tarefa da criação da Terra. O local onde o trabalho teve início denominou-se Ifé (aquilo que é amplo) . Segundo a tradição, daí proveio o nome da cidade sagrada de Ilê Ifé”.
Em território yorubá há controvérsia sobre a figura de Oduduwa, visto tanto como divindade masculina, como feminina, associada à antiga tradição das deusas da fertilidade. A controvérsia de mitos disputando entre Obatalá e Oduduwa a criação da Terra revela dois momentos distintos que se complementam na memória política da civilização yorubá. Por um lado, o mito da criação do planeta Terra e por outro, a incursão de povos estrangeiros que ali se mesclaram.
Disto resultou que, embora rendam, fìsicamente, tributo a Oduduwa, reconhecem em Obatalá – já intitulado Orisa nla, o "Grande Orisa" – a divindade regente do planeta Terra e de todo o sistema solar. Outros itans já trazem a seguinte versão sobre a criação da Terra:
“Munido de uma concha com terra, uma galinha e um pombo, Obatalá jogou a terra sobre a imensidão das águas que cobriam o planeta e, em seguida, enviou a galinha e o pombo para espalhar a terra. Tarefa cumprida, Obatalá informou a Olodumare, que enviou agemo, o camaleão, à fim de conferir o trabalho. Da primeira vez, agemo informou que a terra ainda não estava suficientemente seca para a missão pretendida. Na segunda inspeção, comunicou que tudo estava à contento”.
De toda forma, tendo sido privado de cumprir a missão de criar a Terra, tornando-a habitável no plano físico - ou simplesmete complementando a obra da criação - Obatalá foi o responsável pela confecção do ser humano, possibilitando que encarnassem na Terra os seres que já aguardavam no Orun, a fim de concretizar aqui a sua existência material. Fato inconteste é que Obatalá criou as características físicas dos corpos que deveriam abrigar os habitantes humanos do planeta. Com barro e água, Obatalá confeccionou os corpos, aguardando que Olodumare complementasse com o emi – o sopro de Vida que os animaria.
Segundo os mitos, no início Orun e Aiyê eram mundos interligados, até que houve uma ruptura – relatada através de várias versões, que, no entanto, mantém a constante, aliás corroborada por tradições esotéricas, de que o ser humano transgrediu contra o Poder Supremo e uma barreira se levantou entre os dois mundos.

Cosmogonia Egípcia

 

(A melhor imagem a respeito da cosmogonia egípcia que já encontrei, entretanto como não se pode ter 100% de certeza de que o site em que encontrei a figura seja do original criador da mesma não citarei).
Mitologia é uma palavra grega μυθολογία [μυθος é uma narrativa tradicional com caráter explicativo e/ou simbólico e λόγος, significava inicialmente a palavra escrita ou falada -- o Verbo], ou seja, é o estudo dos mitos (lendas e/ou histórias) de uma cultura em particular creditadas como verdadeiras e que constituem um sistema religioso ou de crenças específicos.
Os mitos são, geralmente, histórias baseadas em tradições e lendas feitas para explicar o universo, a criação do mundo, fenômenos naturais e qualquer outra coisa a que explicações simples não são atribuíveis. Em comum, a maioria dos mitos envolvem uma força sobrenatural ou uma divindade, mas alguns são apenas lendas passadas oralmente de geração em geração.

         Cosmogonia  é uma palavra de origem grega, κοσμογονία; κόσμος “universo” e -γονία “nascimento”. Este termo abrange as diversas lendas e teorias sobre as origens do universo de acordo com as religiões, mitologias e ciências através da história.
A cosmogonia ocupa a primeira parte dos textos sagrados egípcios, no geral a história do nascimento da Terra começa com Nun, seu criador, era o primeiro espírito, o indefinido ser que tinha tomado o aspecto do barro. Este barro que aparece com tanta freqüência em todas as mitologias junto dos parágrafos das criações de deuses e de homens, a matéria-prima por excelência dos oleiros e (por assimilação) a matéria lógica para os deuses criadores, não era senão a terra e a água próximas dos antigos povoadores do mundo. Por isso o barro, Nun foi o berço espiritual, a primeira força em que ia tomando forma o novo espírito da luz, Ra, o disco solar, pai de tudo o que habita sob os seus raios.
Da vontade de Ra tossiu e expeliu os seus dois primeiros filhos: são Tefnut deusa das águas que caem na terra e Chu deus do ar. Não muito depois, Chu e Tefnut vão continuar a obra iniciada por Ra, criando da sua união outros dois novos filhos, os dois sucessores da última geração celestial: o deus da terra Geb, e a sua irmã e esposa, a deusa do céu Nut, para que eles relevem à primeira geração e criem a terceira, a que vai estar na terra do Egito. Nut e Geb tiveram por sua vez quatro filhos: Osíris, Isís, Seth e Néftis. Osíris tornou-se deus da terra, que governou durante muitos anos; Isís foi a sua mulher,rainha e irmã. Seth o deus seco do deserto invejava o estatuto de Osíris e um dia matou-o. Osíris foi para o mundo subterrâneo e Seth tornou-se rei da terra. Osíris teve um filho com Ísis chamado Hórus que decidiu vingar a morte do pai e reconquistar o trono. Hórus derrota Seth e torna-se o novo rei da terra, mas o seu pai permanece no mundo subterrâneo. Néftis era apaixonada secretamente por Osíris, um dia se disfarçou de Ísis e deitou-se com Osíris dando a Luz a Anúbis o deus com corpo de homem e cabeça de cão que presidia o mundo dos mortos
Apesar da existência desta cosmogonia, que é a mais conhecida, é a Enéade de Heliópolis, além desta cosmogonia, existiam algumas diferenciações. Estas são:
Ogdoáde de Hermópolis

Na cidade de Hermópolis, capital do XV nomo do Alto Egipto, dominava um panteão de oito deuses agrupados em quatro casais. A origem destes oito deuses variava: por vezes eram apresentados como os primeiros deuses que existiram; em outros casos eram filhos de Atum ou de Chu.

         Os oito deuses tinham os seguintes nomes e representavam os seguintes conceitos:
*  Nun e Naunet, o caos, o oceano primordial;

* Heh e Hehet, o infinito;

* Kek e Kauket, as trevas;

* Amon e Amaunet, o oculto;
Os oito deuses eram denominados como “Hemu”, de onde derivou o nome original da cidade de Hermópolis, Khemenu. A designação de Hermópolis para o povoado urbano de Khemenu foi atribuída pelos gregos por associarem um importante deus da cidade, Tot, com o seu Hermes. Estes oito deuses actuavam colectivamente, ao contrário dos deuses dos outros sistemas, que eram autónomos.
Outra variante do mito afirmava que das águas do oceano primordial emergiu uma ilha, onde mais tarde seria construída Hermópolis. Nesta ilha existia um poço, no qual flutuava uma flor de lótus e onde viviam os oito seres referidos anteriormente. As divindades masculinas ejacularam sobre a flor e fecundaram-na. A flor de lótus fechou-se durante a noite; quando se abriu de manhã dela saiu o deus Rá na forma de um menino que criou o mundo.
Cosmogonia de Mênfi

         Na cidade de Mênfis dominava um tríade composta pelos deuses Ptah, a sua esposa Sekhmet e o filho destes, Nefertum.

         A teologia desta cidade é hoje conhecida graças ao texto da Pedra de Chabaka. De acordo com as inscrições da pedra, o texto original tinha sido conservado num papiro guardado nos arquivos de um templo de Ptah. Este papiro encontrava-se num avançado grau de deterioração quando o faraó Chabaka (século VIII a.C.) ordenou que o texto fosse inscrito numa pedra de granito. Infelizmente os habitantes da cidade acabaram por utilizar a pedra como elemento de um moinho, o que provocou estragos na mesma. Os estudos mais recentes sobre a pedra mostram que o estilo do texto foi premeditadamente escrito de forma a espelhar uma linguagem arcaica.

         Neste sistema Ptah era o deus criador. Divindade associada aos artesãos, o deus era representado como um homem com corpo mumificado. Era considerado como o criador de tudo, inclusive dos deuses.
Ptah criou o mundo usando o coração e a língua. Para os Egípcios o coração era o centro da inteligência, sendo no sistema menfita a língua o centro criador. Ptah era simultaneamente Nun e Naunet e gerou Atum a partir do seu coração e da sua língua. Este sistema não rejeitava a Enéade de Heliópolis, simplesmente considerava Ptah como criador dessa Enéade; Atum era um agente da vontade Ptah. O deus Ptah era também considerado o criador do ka ou alma de cada ser.
Cosmogonia de Tebas

             O nome egípcio de Tebas, cidade do Alto Egipto próxima da Núbia, era Uaset.
O principal deus de Tebas era Amon, representado como um homem com uma túnica preta e duas plumas na cabeça; poderia também ser representado como um carneiro ou um ganso. Como foi referido anteriormente, Amon estava associado ao oculto. Os sacerdotes tebanos aproveitaram elementos de outros deuses que atribuíram a Amon. Em concreto, Amon passou a ser visto como o demiurgo, retirando essa função ao deus Rá. Os sacerdotes afirmaram também que Amon era o monte primordial, tendo sido Tebas a primeira cidade a existir no mundo e que por conseguinte, ela deveria servir como modelo a todas as outras cidades.
Na cidade de Tebas a esposa de Amon não era Amaunet, como referia a cosmogonia hermopolitana, mas Mut. Este casal tinha um filho, Khonsu, uma divindade lunar.
Cosmogonia de Elefantina
Elefantina é o nome grego de uma pequena ilha no Nilo situada junto da primeira catarata.
Nesta ilha dominava uma tríade encabeçada por Khnum, divindade com uma cabeça de carneiro, que representava a criatividade e o vigor. Para os Egípcios, Khnum criava os seres humanos no seu torno, tal como o oleiro cria as suas peças. As esposas de Khnum eram Satet e Anuket (ou talvez, segundo outra hipótese, seriam respectivamente esposa e filha do deus). Satet era responsável pela inundação do Nilo (que gerava a fertilidade dos solos no Antigo Egipto) e Anuket encontrava-se também associada ao elemento água.
Assim de centenas de Cosmogonias escolhemos estas que melhor representa o disparate de idéias e suas religiões, visando a melhor compreensão dos argumentos apresentados acreditamos que tenhamos alcançado o objetivo proposto.
Autor:  Pb.Jucelino Montinegro cavalcanti